Amigos Leitores!

Desde que perdi meu Blog em Abril, tenho feito vários acordos com o Blogger a respeito das postagens aqui apresentadas a vocês! Passamos por três momentos distintos:

1. Onde este Blog teria algumas postagens fixas e não postaria nada além de botões que levariam vocês a outros sítios para lerem meus posts. Aqui só ficariam links para os outros blogs, como num PORTAL.

2. Pude passar a postar "chamadas" dos outros blogs neste blog, desde que os textos fossem bastante curtos e logo a seguir viesse o link para o outro blog.

3. Este momento que estou vivendo!

Posso voltar a fazer postagens aqui! Aleluia! Mas devo usar a quebra de páginas para ocultar artigos que contenham fotos mais explícitas ou palavras mais pesadas!

Resigno-me a isso no momento e com alegria volto aos meus posts assumindo a característica BDSM do blog novamente!


Beijos Carinhosos

Hope subway

Meus Blog’s!

Conheça um pouco de
- Hope Subway -
Beijinhos açucarados,
- Hope Subway -
 

VOCÊ APRENDE - William Shakespeare 2


"Você aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais."

-Hope Subway-

-RECEITA PARA CONTOS & POESIAS DE HOPE-



INGREDIENTES:
Para 1kg:
  • 600gr de verdade
  • 100 gr de invencionices
  • 140 gr de mentirinhas marinadas (para ficarem mais suaves)
  • 100 gr de meias-verdades glasadas de açúcar colorido
  • 50 gr de oportunismo
  • 10 gr de mentiras deslavadas

MODO DE PREPARO:
  1. Junte todos os ingredientes numa tigela transparente para que se possa ver a mistura.
  2. Mexa delicadamente para que as verdades não se percam da tigela, nem as meias verdades se quebrem em ¼ de verdade.
  3. Mexa até se tornar uma mistura com textura de chocloate, cor de ouro e luz própria... bela, colorida e radiante.
  4. Despeje numa forma do formato que mais lhe interessar: conto, poesia ou acróstico.
  5. Deixe “assando” em fogo brando por dois dias.
  6. Depois aproxime-se e veja se a mistura vingou e resplandeceu ainda mais ou se apagou totalmente.
  7. Caso tenha apagado reveja os ingredientes, talvez ainda haja salvação! Seja criterioso com a qualidade das verdades e das meias verdades, mas principalmente com as mentiras deslavadas.
  8. Caso esteja resplandecendo mais que o ouro, retire da forma e coloque no Blog.
  9. Ao final, espere comentários... que nem sempre vêm... mas que sempre são bem vindos.
RENDIMENTO:
Dependendo da forma onde depositou a massa, o rendimento pode ser diferenciado. Pode render um conto, uma poesia, um acróstico... ou se a massa for muita pode render vários... contos, poesias ou acrósticos.

-Hope Subway-

Visite meu Blog de Contos, siga... comente...




VOCÊ APRENDE - William Shakespeare



"Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança."

-LUTO-



O luto, na sua forma inicial “manifesta-se freqüentemente por um estado de choque, podendo ser expresso como um sentimento de torpor e de completo atordoamento”. Eu, de uma forma ou de outra, diariamente, entro em processos de luto. Em muitos deles nem me dou conta, mas se instalam; outros, porém, são visíveis, tangíveis, palpáveis! Outros: fantasmáticos! É a angústia necessária. Mas, o que me é real, é a angustiante sensação de perda, que faz esvair todos os fundamentos da experiência, quando estamos diante do desconhecido, e assim, sou desafiado a enfrentá-lo, como se o conhecesse: é preciso prevê-lo, é preciso antecipá-lo. Na fala e no silêncio; intervir sem direcionar; pôr a isca na água, sem barrenta-la. Assim, enluta! Sim enluta, mas enluta perpassado por um hífen: en-luta! Pois, “en” algum lugar no canto da sala luta na simetria do desconhecido! Corro, sem locomover! Fujo, sem sair! Volto sem ir! Sento sem levantar! Ouço sem escutar! Inicialmente apenas ouço! Pois o luto me transporta. Assim, como angustiada por não poder grafar o poema que agora leio, angustiada sou, na antecipação do luto, pela porta que ainda não se abriu! Os cordéis da morte me cercaram; o epitáfio da angustia foi inscrito no visível do invisível.

Na minha experiência no estágio clínico, o luto se antecipa – no sentimento de torpor e completo atordoamento -, pela fantasia imaginária de como será, quem, como é, cor, altura, jeito, voz, feio, bonito, cheiro. Imaginável luta. Os meus sentidos me põem em luto. Ah! Sentidos! Não precisavam enlutar-me, pois o sentido é o sentido do ser na porta que se abre. É bem verdade, como diz Sartre, que “a ausência também revela o ser, já que não estar ai é ainda ser”; todavia, “o ser é simplesmente a condição de todo desvelar: é ser-para-desvelar, e não ser desvelado”. Na fantasmática da ansiedade da desvelação do ser sou absorvida pelo luto: “sou toda ouvido”. É a abdução necrológica. O luto está instalado, inevitavelmente. Estou a perder o que ainda não aconteceu; mas, por todo ainda não perdi: a porta ainda se abrirá.

 
 
Acertar ou errar! Assim, sou posta em luto antecipado! Estou falando, pois, do estágio supervisionado, neste caso, na clínica psicanalítica. As elaborações teóricas são postas em ebulição, mas teimam em não se organizar! É preciso dar certo! Não posso fazer nada errado! Tudo tem que ser perfeito! Construo as minhas elaborações de luto, sem ser percebidas como tais me advêm, como um torpor, sufocando-me o peito, quando a porta se abre, e um ser estranho, em forma humana, todavia, afônica, pois a fala ainda não se fez ouvir, e de forma indelével o luto me absorve, e assim de forma incomensurável, também, o meu poder de síntese de ser andante, não mais falante nem pensante. Vejo-me exposta sobre a lápide da minha própria inscrição.

Mas, num instante sou libertada da náusea fúnebre, pela possibilidade da escuta, e assim, sou acometido por um reflexo de lucidez: ninguém fará isto: acertar perfeitamente. Mas, por processo de luto, pensamos que sim, pois somos absorvidos pelos fragmentos do discurso que é necessário acertar!

Ah! Quem disse que é preciso! É preciso, apenas escutar... Mensurar erros e acertos, não me pertence. Que a porta se feche!

-Hope Subway-


-SILÊNCIO-

PAI PARA TODAS AS HORAS!

AO MEU PAI!



DA FILHA QUE NUNCA TE ESQUECEU...
NUNCA ESQUECERÁ...
E QUE AGRADECE PORQUE VOCÊ FEZ PARTE DA MINHA VIDA...
PORQUE VOCE ESTEVE PRESENTE
ME AMOU...
RESPEITOU...
ENSINOU, EDUCOU, FORMOU CARÁTER, FEZ FLORESCER, CONFIOU, ENSINOU A PENSAR E SER INDEPENDENTE!
ENFIM...
ME FEZ SER QUEM EU SOU!
TE AMO! AINDA... E SEMPRE!

BJOS
SUA

-LUTO-




-POR QUE?-


POR QUE?
Por que?
Por que o mundo não pára?
Por que as pessoas não se calam?
Por que ainda ouço risos e gargalhadas?
Por que ainda sorriem as crianças e os pássaros cantam?
Por que as pessoas continuam indo ao trabalho,
fazendo compras,
passseando com seus cachorros?
Por que ainda há vida,
risos e alegria nesse mundo?
Por que o mundo inteiro não chora,
se entristece, se desespera,
se descabela,
tem vontade de desaparecer...
e implode e some de vez?
Isso!
Por que tudo não desaparece
e fica só a dor?
Por que cantam e sorriem
e não se calam
diante da enormidade da sua morte?
Por que viver, sorrir?
Por que tudo não silencia?
Por que o mundo não silencia?
Não se paralisa?
Eles nao vêem!
Eles nao sabem que você se foi?
Por que cada um não sente
pelo menos um décimo da minha dor?
Assim se calariam as crianças irritantes
com seus risos espalhafatosos,
os pássaros
com seus trinados de alegria,
o sol
com seu levantar de esperança!
Por que?
Por que tudo não se torna negro,
frio, triste e desesperado como eu?
Por que há alegria nas crianças
e carinho nas mulheres
se voce não está mais aqui?
Tudo devia ter acabado!
Minha vida devia ter acabado!
Assim não teria mais que viver
com essa dor...
esse buraco no meu coração!

-Hope Subway-

-COLEIRA-


Tomar a coleira.
Entregar a coleira.
Trocar a coleira?
Hoje eu pensava sobre esse objeto de desejo de tantas cadelas que ainda não as têm... e sobre todo o significado intrínseco de um simples ‘colarzinho’ no pescoço de alguém ou algumas letrinhas maiúsculas no fim do seu nome...
Usarei nesse post SUBMISSA – SUB (com maiúsculas sim, pois demonstra o respeito que se deve ter ao fato de tanto que elas se dedicam, abdicam, sofrem por seu Dono) e DOM. Não porque não aceite a posição inversa (SUBMISSO-DOMME), como muitos DOM’S por aí. Mas porque é assim que vivo minha relação. E se posso falar de alguma coisa é da MINHA relação!
Primeiro vamos entender: O que é uma coleira?
Um pedaço de corrente, de metal, de couro ou outro material grudado no seu pescoço? Isso é uma coleira??? Então confesso que só uso a minha em sessões pré-determinadas, porque quando as sessões acontecem de repente, nem dá tempo de buscar ou colocar... e isso porque minhas sessões ultimamente acontecem de repente e dentro do apartamento... e não vou sair correndo pra colocar a coleira quando o Dono quer uma sessão instantânea!
E não! Não vivo com ela no pescoço para lavar, passar, cozinhar... pra mim, usa-la desta forma demonstra insegurança de perde-la ou ao contrário, exibicionismo. Minha coleira está dentro de mim. Dentro das minhas ações e da  minha postura, na forma como me dirijo a outros DOM’S, mesmo quando são uns imbecis rematados, de forma a não envergonhar meu Dono nem lhe trazer transtornos por causa de um mal comportamento. Minha coleira na realidade é um SENTIMENTO... ou vários... respeito pelo Dono, responsabilidade com Sua casa e Seu nome, obediência aos seus desejos, sinceridade no querer e no fazer, aprendizado para sempre me superar e superar meus limites através da sua guia.
Por isso voltemos ao início! O que é coleira? Coleira é sim um objeto colocado em volta do pescoço e serve para ‘guiar’ o cão pelo caminho que deve ir, serve para ensinar os caminhos perigosos e determinados ‘truques’ que o Dono deseja que o cão saiba para alegrá-lo. Mas vocês já viram os cães após o adestramento? Fazem todos os seus ‘truques’ mesmo sem coleira, caminham ao lado do Dono e fazem a etiqueta que lhes foi ensinada. Se o cão não ‘rola’ direito é culpa do Dono que não ensinou direito! Se as atitudes do cão não alegram o Dono, é culpa dele que não foi um bom adestrador, um bom professor, que não ensinou de forma clara para que a atitude pudesse ser compreendida e repetida!
Bom... alguns poderiam dizer que falando-se de cães é mais fácil, pois eles não têm a faculdade do pensamento. Mas não é bem assim! Se o cão está de rabinho baixo ao lado do Dono, mesmo cumprindo todos os seus ‘truques’, a culpa de sua tristeza também é do Dono e tenho certeza que se o tal cãozinho pudesse falar, retirava a coleira e falava : “Toma Dono... Não quero mais ser seu cão, prefiro ser um cão sem dono do que viver triste e com medo!”
Mas a coleira verdadeira vai além da visível, utilizada pelas cadelas e muito além da virtual com letrinhas bonitinhas.
Coleira significa ‘posse’! Posse de um bem valioso, caro, que merece investimento em todos os sentidos, físico, moral, sexual, e por que não dizer espiritual? A verdadeira SUB ENCOLEIRADA e guiada de forma honesta e correta, é marcada na alma! Não precisa de qualquer objeto físico e paupável para que todos saibam que ‘aquela bela mulher’ não está aqui para ser galanteada ou pescada. Aquela ‘bela mulher’ não está no ‘mercado’! Ela tem Dono!

Comecei o post com três situações bem diversas.
  1. Tomar a coleira.
  2. Entregar a coleira.
  3. Trocar a coleira.
Vou falar sobre as 3 situações e devo dizer que é um artigo de opinião. Com a minha opinião... sei que muitos corroboram esta opinião, mas convido todos a opinarem!
No mundo BDSM essa questão de entrega, tomada e troca de coleira é uma constante, mas por que? Vamos analisar algumas questões e depois voltamos a essa questão!

  1. TOMAR A COLEIRA.
O que leva um DOM a tirar a coleira de sua SUB? Problemas de saúde? Ninguém melhor que uma SUB dedicada para cuidar de uma doença ou de um dedo amputado! Problemas no trabalho? Se você jogar sua ‘pedra preciosa’ na lixeira, seus problemas no trabalho se resolverão? Não! Somente ficará sem a pedra preciosa! É o mesmo caso com a SUB! Ficar sem ela não vai tornar seus problemas menores, nem vai aliviar as brigas com o chefe... mas uma massagem ao chegar, uma dose de whisky, um carinho, um sexo pesado e delicioso... isso sim vai aliviar as tensões! Problemas em casa? Apresente-a para a mamãe! A maioria das SUB’S, quando bem ensinadas pode ser uma ‘lady’ pra mamãe e uma ‘puta’ para você na cama! Problemas com a esposa?? Bom... este é o único nível de difícil entendimento! Vejamos! O DOM tem aí 5 opções:
1.       Largar tudo e ficar só com a esposa (e os filhos?) e esquecer de tudo e de seus brinquedinhos! Ou seja voltar a ser BAUNILHA! Numa vidinha em banho maria!
2.       Largar a esposa e ficar com a SUB que seria uma esposa superiormente interessante, pois levando-se em conta que cada SUB é moldada segundo a forma e os desejos do DOM, assim como ele deseja, elas seriam e agiriam exatamente como o DOM desejasse, pois seriam o reflexo direto de seu conduzir.
3.       Manter as coisas como estão e ter na SUB um ‘oásis’ no meio do deserto! Mas traindo uma esposa e talvez filhos em casa e amargurando, machucando e marcando sua ‘pedra preciosa’!
4.       Largar a SUB sob falsos pretextos e logo depois arrumar outra, mais interessante... ou já ter outras na ‘agulha’!
5.       O DOM/SUB é promovido ou muda de emprego e precisa ir para outro lugar. Nada impede que o relacionamento continue à distância, com encontros ocasionais, mas se a distância for realmente grande (outro país) que o relacionamento continue, mesmo que não como DOM e SUB, mas sim como amigos que se amam e respeitam... mesmo que à distância!
Entretanto, entender os motivos da retirada de uma coleira podem ser mais vastos, mas no final das contas, eles caem ou na incapacidade do DOM de conduzir sua SUB no caminho que ele deseja que ela trace, ou em problemas ditos ‘externos’, que na realidade não se resolverão com a entrega da coleira, pelo contrário, só se agravarão!

  1. ENTREGAR A COLEIRA
O interessante nisso tudo é que na verdade não falam que ela “entregou” a coleira... falam da submissa sempre nos termos “ela PERDEU a coleira... o que será que ela fez??” nunca falam “O que será que esse DOM fez para perder uma submissa tão preciosa??”
Submissas são pedras preciosas, e que me desculpe os Dom’s (com minúscula mesmo!), mas se são “falsas”, é por que na hora de escolher sua submissa contentou-se com “pirita” e não com “ouro”. Na verdade o papel de tolo é do Dom, que escolheu mal aquela que carregaria suas iniciais.
O que não podemos esquecer é que cada pedra preciosa tem uma densidade ou uma dureza diferente, bem como forma, cor e possibilidades. Um Dom que já possuiu ou possui diversas escravas vê que é possível realizar isso com uma e não com a outra. Isso é falsa submissão? Ou é, na realidade destreza absoluta na Dominação? Afinal aquele ser que se ajoelha a seus pés e o adora com seu corpo e com sua alma “falsos????”, dá ali, o melhor de si. Aceitá-lo, moldá-lo e fazer resplandecer como prisma de mil cores é função do Dominador.
Pois quando enfrentamos cada Dominador diferente (para quem já trocou de Dom), é como se enfrentasse sempre o primeiro... é como se você descartasse no mínimo 60% da sua “bagagem”, de seu aprendizado e se dispusesse a aprender TUDO novamente, pois cada DOM tem um jeito diferente, uma realidade, vontades, jeitos, desejos, completamente diferentes dos outros!
E nós, submissas, me recuso a tratar-nos como escravas, pois cada uma ESCOLHEU servir, E SE HÁ ESCOLHA NÃO HÁ ESCRAVIDÃO, então somos SERVAS. Também me recuso a tratar-nos como peças, objeto ou coisa. Pois não vou ser “coisificada” por ninguém! Nós somos pedras preciosas, que precisam ser observadas e nas mãos de um excelente lapidador, nos tornaremos diamantes, opalas, ametistas... dos formatos mais lindos e delicados e refletiremos em nós a luz de nosso lapidador – de nosso Dono!
Se a sua sub “pisa na bola” talvez você não tenha tomado tempo suficiente em sua lapidação e precise trabalhar um pouco mais nisso! Porque nós, SUBMISSAS, somos o reflexo perfeito de vocês DOMINADORES!
Fazemos, refazemos, tentamos e retentamos, renunciamos a tanta coisas....
Por exemplo, bem básico por sinal, quantas vezes, ao invés de estarmos com nossos filhos na hora que eles estão disponíveis e nós também, os deixamos, somente para ir ao encontro do DOM que nos chama e serví-lo e aos seus desejos?
E as voltas que damos no trabalho para sairmos e estarmos sob os pés do DOM?

  1. TROCA-TROCA DE COLEIRAS
Não sei o que os outros pensam ou como agem, mesmo porque a cultura brasileira leva o BDSM muito menos a sério do que deveria.
O BDSM aqui se resume (na maioria das vezes) numa dominação parcial, onde o Dom exerce poder pelo telefone, MSN, ORKUT, e uma ou duas vezes ao mês no Motel. Fora isso o que vemos são homens casados que não podem chegar em casa tarde senão a “patroa” vai ficar louca com ele. Onde eles inventam desculpas para encontrar sua sub em motéis baratos, pois os mais caros não aceitam os “gritos de dor” das subs. Afinal, eu pergunto: que raio de Dominador não domina sua esposa? Ele é todo dominador com a sub, xinga, bate, espanca... mas com a esposa inventa mentiras e pede desculpas humildemente pelos atrasos para o jantar, geralmente arrumando um amigo para “acobertar” suas “farras” com a sub!
Aí é que está o erro! O problema! SUB não é “farra”, não é “escapada”, nem mais uma “trepada”! SUB é quem você escolheu para guiar... afinal para que serve a guia da coleira, senão para guiar sua SUB? E se ela caminha por lugares perigosos, enganosos ou de má fama, eu pergunto: onde está o Dono dessa cadelinha? Por que largou sua guia?
A maneira descompromissada, ou melhor, pouco compromissada como o BDSM acontece no Brasil é que leva a esses e outros problemas. Como a SUB dizer o que não devia de seu Dono ou ex-Dono. Fazer reclamações ou fazê-lo passar por situações embaraçosas. O castigo não devia ser somente da SUB, mas do DOM incompetente também!
Para grande parte dos DOM’s casados (onde os problemas se multiplicam quando a SUB também é casada), como se tem uma relação simplesmente baseada em sexo e dominação algumas vezes num motel, se torna fácil descartar e pedir a coleira, pois os sentimentos nem sempre são tão fortes quanto deveriam pela SUB. Já pararam para pensar como a relação se fortifica e fica muito mais fácil quando se consegue o melhor dos dois mundos numa só mulher? Uma lady para o convívio social e uma SUB, em casa, bem cadela no quarto, realizando os desejos de ambos.
O DOM competente se organiza, se duplica, se multiplica, abre canal de conversação no emprego, com pais, família (e aqui não incluo esposa, pois na relação BDSM, para mim, a sub ocupa este lugar), monitora doenças, se adapta e à sua SUB para que possa manter tudo correndo de acordo com o esperado... como um relógio... se você retirar uma engrenagem tão importante quanto a SUB desse relógio... ele pára!
E sua vida pára junto!


Então voltamos à antiga questão: No mundo BDSM essa questão de entrega, tomada e troca-troca de coleiras é uma constante, mas por que?
As respostas são inúmeras.
Mas se centrarmos essa resposta na SUB... talvez seu Dono não esteja em alta, talvez lhe tenham oferecido uma coleira cor de rosa, ou de ouro com brilhantes... quem sabe? Mas também pode estar infeliz ao lado de um DOM que não valoriza seus esforços e escarnece de suas dificuldades e falhas ao servi-lo.
Se centrarmos no DOM... bom, geralmente gira em torno de sua incapacidade de lidar com a SUB, ou com problemas de distância da SUB.
Mas pode-se ver esse fenômeno da mesma maneira que vemos qualquer outro relacionamento, que muitas vezes faz ‘Bodas de Prata ou de Ouro’, mas que outras dura 1 ou 2 meses, podemos ver a questão da coleira como qualquer relação que tem início, meio e fim.
Mas em qualquer caso, seja entrega, tomada ou troca de coleira, um ponto é importante – FECHAR A PORTA NA SAÍDA – ou seja manter o respeito do que vivenciaram juntos, manter a compostura e principalmente a confidencialidade... isso é fundamental!
Chorar o luto, luto sim, enterrar o passado, isso é primordial pra voltar a viver algo novo, dar um tempo, refrescar a mente... um “refresh”... sacodir a poeira e dar a volta por cima, começando de novo!
Não podemos nos entregar e nem desistir de nossos desejos (mesmo porque não dura muito a abstinência) tanto no universo BDSM ou quanto no baunilha, quem mais sofre é quem mais ama e se entrega, portanto é bom e prudente manter-se em contato com a realidade e os pés firmes no chão.
-Hope Subway-

Curso de masturbação na Espanha

Imagine sair de casa, pegar a mochila e dizer para a mamãe:

- Tchau mãe, vou para o curso de masturbação.

Seria incrível, prova de que a sexualidade não seria mais um dos assuntos tabu na sociedade. Infelizmente a gente não pode ainda presenciar a cena citada acima, mas adolescentes da Espanha já estão tendo aulas sobre o assunto, que vai desde a anatomia e fisiologia sexual masculina e feminina até técnicas de masturbação e uso de objetos eróticos.
O curso está sendo realizado na província de Extremadura e faz parte de um programa das Secretárias de Educação e de Juventude intitulado “O prazer está em suas mãos”. Mas vocês não acham que um projeto desses estaria livre de críticas. Não é?

Alas conservadoras espanholas como pais de alunos e alguns setores da mídia, vem classificando a atividade escolar de imoral e irresponsável.

Irresponsável seria não educar os jovens sexualmente e vê-los futuramente contraindo doenças sexualmente transmissíveis por causa do silêncio que “se deve” pronunciar quando o assunto em questão é sexo.

De acordo com o
site Frutificara, a Secretaria de Educação de Extremadura elaborou 1.200 livros em formato revista com exemplos de dúvidas habituais de adolescentes sobre o tema e as respectivas respostas de educadores e sexólogos.
O material didático das aulas inclui mapas da anatomia humana, explicações sobre tipos de brinquedos eróticos, endereços úteis e até um baralho que coloca os jogadores em exemplos de situações de risco como uma ereção prolongada ou uma infecção genital, para que saibam como resolver os problemas.

Exemplo perfeito de educação sexual, não? Já pensou se os nossos jovens tivessem essa liberdade de falar sobre o sexo de maneira construtiva e educativa? Muitos dos problemas enfrentados hoje, como gravidez na adolescência seriam evitados!

O movimento feminista do Instituto da Mulher de Extremadura está apoiando o projeto, o que é interessante porque quando se trata de sexualidade as mulheres, na maioria das vezes, são postas do lado oposto como se fossem assexuadas. Não podem se masturbar, não podem olhar a vagina, conversas sobre o corpo com as amigas então, nem pensar! E aulas educativas como essa vão dar voz àquelas que por muito tempo ficaram caladas sobre o assunto.

Quando vi a reportagem fiquei eufórica porque imaginem, ter aulas de como se masturbar, por exemplo! É impensável! Esse também é um dos assuntos que as mulheres menos falam e tem vergonha de conversar, às vezes não conhecem o próprio corpo por causa da repressão e não sabem como e onde obterem prazer. Justamente porque a idéia de prazer sexual é destinada somente aos homens. Quando uma mulher compra uma calcinha fio dental ou uma fantasia erótica está instigando quem? O homem claro! E com essas aulas vão aprender também a se pronunciarem sobre os seus desejos.
E quem tem que atrapalhar o processo de educação sexual? A Igreja Católica, claro! A Associação de Pais Católicos de Extremadura formou um grupo de protesto chamado “Cidadania para a Educação” e ameaça levar o governo regional aos tribunais, simplesmente porque seus filhos estão aprendendo como ter prazer e como se cuidar sexualmente. Motivo e tanto de protesto hein?

Bom, pelo menos a iniciativa de educação sexual foi tomada e quem sabe não serve de exemplo para outros lugares do mundo, que ainda permanecem nesse atraso de vida de pensar que não se pode falar sobre sexo, possam aderir o conteúdo das aulas em suas instituições de ensino.

O Brasil, por exemplo???


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